O espelho da alma refletia um holocausto. Ruínas de quem um dia teve treze anos. Viciada pela infância, tentou de todas as formas interromper o ciclo eterno dos ponteiros do relógio. Em vão tentou infringir a lei da gravidade que agiu sob a areia da ampulheta, em vão buscou pelo freio do planeta Terra... E os anos passaram. Não digo que a imaturidade tenha esvaido-se com a idade pueril. Todavia, relíquias que deviam ser deixadas para trás há muito tempo foram abandonadas agora, oficialmente. A espontaneidade forçada deve ser eximida de uma vez por todas.

The Beholder
Mionissa Freek ou Mione Freek ou Frika, como preferir. Sua primeira visão do mundo foi há dezessete outonos e seu sonho de criança é ser "escrevista". É extremamente egotista, o que considera uma anomalia moral terrível, entre tantas outras. Perfeccionista e imperfeita: impulsiva, individualista, taciturna, melodramática. Não sabe o que está fazendo aqui, mas gostaria muito de descobrir.

Orkut: Mionissa Freek

Textos em cinza: apóstrofe; comentários, avisos, etc.
Textos em preto: contos fictícios

rasKunho
Antes já foi chamado de "Mione Kicks Asses" e exibia uma paixão pueril pelo nonsense, pelo absurdo. E agora?

O layout
Mal confeccionado com uma imagem perfeita criada por Anry. As frases do layout ("a dreamy-eyed child staring into night / on a journey to a storyteller's mind" e "drown into my eyes and see the wanderer") são trecho de duas músicas do Nightwish: Wishmaster e Wanderlust, respectivamente.

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TV Sims, Lara Croft Club, FM Dollz, Fê Croft Fan, Frika Fan, Mione Freek Fanlisting, Ad Infinitum, Broken Dollz.

Créditos
Blogger.com
, YACCS, Extreme Tracking, Hebus, Higher-than-hope.com


 

Abre aspas
5.3.05 - Frika
"_Malditos! _ exclamou o garoto. Ele estava naquela fase confusa entre a infância e a fase adulta, o que denunciavam as palavras agressivas rabiscadas em seu tênis. Não se conformava com o aumento do salário daqueles 'porcos capitalistas' engravatados, enquanto havia tanta desigualdade social no país. Como podia?! Quanta cara-de-pau! Atribuiu às inocentes genitoras deles as mais baixas ofensas, e discutiu sobre isso com seus amigos-de-tênis-rabiscados. Resolveu gritar seu ódio contra desigualdade em forma de mais uma música barulhenta, para terror dos vizinhos. 'Porcos malditos! / Os pobres, esquecidos / E vocês roubando / Em dinheiro, nadando!', gritava, enquanto alternava entre três acordes em sua guitarra Fender com aplificador e pedal, que aprendera a usar em aulas particulares de guitarra. Findo o ensaio, saiu com os amigos para andar com seu skate novo e comprar mais um CD do Dead Fish, porque 'os caras sabiam da desigualdade social e gritavam contra ela, ao contrário dos porcos capitalistas'. No caminho cruzaram com alguns mendigos, cujos únicos berros que se ouvia deles partiam do estômago, e criticaram a desigualdade social. 'A culpa é do governo, aqueles porcos capitalistas!'. Mas os vinte, trinta reais que cada um levava na carteira permaneceram intactos, até atingirem o destino: a loja de CDs, onde compraram por algumas cédulas mais um manifesto anti-desigualdade-social."

Foi nisso que ela pensou. O caso acabara de brotar-lhe na mente, mas não duvidava de que fosse real em muitos jovens. 'Imaturos! Por que, ao invés de reclamarem, não agem contra a desigualdade social?! Só sabem berrar e culpar a terceiros!' Se não podem ajudar, que pelo menos fossem gentis, ao invés de discernir um ódio infrutífero! Imaturos! Como podem ser tão tolos?! Ofereçam um sorriso, ao invés de um dedo médio; uma palavra de conforto, ao invés de um grito vazio de protesto; que estendam a mão com compaixão, ao invés de usarem-na para espancar os ton-tons da bateria. Imaturos... _ Nisso tudo, ela pensou. Seria tudo tão melhor se houvesse mais tolerância e compreensão no mundo. Nisso ela pensou. Mas esqueceu-se do próprio pensamento quando o sobrinho, cujos poucos anos de vida ainda não lhe conferiam uma boa coordenação motora, derrubou o copo de chocolate quente em seu sofá novo. Ah, então ela gritou, esperneou, fuzilou a criança com o olhar. Afinal, era seu sofá novinho em folha!


"Novinho em folha" seria um termo apropriado? _ Ele pensou nisso após terminar de datilografar o texto. Meio século de vida e ainda não achara um vocábulo melhor para expressar o que queria. Perguntou-se se o texto estava confuso: começa com um garoto hipócrita, e depois vê-se que o caso do garoto é apenas um pensamento de uma mulher hipócrita. Alguém entenderia? Quê importa: que passasse a mensagem! Não sejam hipócritas! Bradam contra a hipocrisia alheia, mas cometem vocês mesmos tantas outras! Como querem um mundo melhor, vivendo assim, com essa moral tão escassa? Pensem mais em fazer o bem ao próximo, ao invés de criticar sem agir. Ou de criticar quem critica sem agir. E sem agir. Pensamentos confusos, esses. Ele pensou em colocar no papel também, mas mudou de idéia. Não só pela confusão das idéias, mas também porque estava atrasado para uma reunião importantíssima, conforme sua esposa acabara de alertá-lo. Despediu-se da mulher, dos filhos, e saiu apressado. A amante o aguardava no lugar marcado, e perguntou-lhe por que se atrasara.

Fecha aspas. Que bagunça! Não sei se consegui passar a idéia que queria com este texto. Se alguém o entendeu (ou se alguém ao menos teve a paciência de ler), parabenizo-o e fico feliz. Mas gostaria que a idéia não ficasse só na teoria. Deixem de ser hipócritas, parem de criticar o que vocês mesmos não fazem nada para mudar! É tão fácil culpar os outros... Porém é bom lembrar-se que você não é culpado apenas quando faz o mal, mas também quando omite-se de fazer o bem que poderia fazer. É culpado pelas conseqüências negativas de uma omissão (nos atos, não nas palavras jogadas ao vento). E ficar reclamando sem fazer nada para mudar não vai o levar a lugar nenhum. Não acha...? [PUBLISH POST]

POST SCRIPTUM
Sem comentários. Falando em comentários... Talvez coloque a comment box de volta em breve. I miss you. (;_;) Não sei se alguém ainda lê este blog, ou se o contador só está ativo devido às googlagens-malucas da vida (pérola da vez: "sujeirinha no olho"). Se alguém se importasse, me desculparia por minha ausência, e diria que a priguiciti aguda talvez seja crônica. Mas limito-me a dar um suspiro carregado de falta de inspiração (?) e publicar este post de uma vez.

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