O espelho da alma refletia um holocausto. Ruínas de quem um dia teve treze anos. Viciada pela infância, tentou de todas as formas interromper o ciclo eterno dos ponteiros do relógio. Em vão tentou infringir a lei da gravidade que agiu sob a areia da ampulheta, em vão buscou pelo freio do planeta Terra... E os anos passaram. Não digo que a imaturidade tenha esvaido-se com a idade pueril. Todavia, relíquias que deviam ser deixadas para trás há muito tempo foram abandonadas agora, oficialmente. A espontaneidade forçada deve ser eximida de uma vez por todas.

The Beholder
Mionissa Freek ou Mione Freek ou Frika, como preferir. Sua primeira visão do mundo foi há dezessete outonos e seu sonho de criança é ser "escrevista". É extremamente egotista, o que considera uma anomalia moral terrível, entre tantas outras. Perfeccionista e imperfeita: impulsiva, individualista, taciturna, melodramática. Não sabe o que está fazendo aqui, mas gostaria muito de descobrir.

Orkut: Mionissa Freek

Textos em cinza: apóstrofe; comentários, avisos, etc.
Textos em preto: contos fictícios

rasKunho
Antes já foi chamado de "Mione Kicks Asses" e exibia uma paixão pueril pelo nonsense, pelo absurdo. E agora?

O layout
Mal confeccionado com uma imagem perfeita criada por Anry. As frases do layout ("a dreamy-eyed child staring into night / on a journey to a storyteller's mind" e "drown into my eyes and see the wanderer") são trecho de duas músicas do Nightwish: Wishmaster e Wanderlust, respectivamente.

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TV Sims, Lara Croft Club, FM Dollz, Fê Croft Fan, Frika Fan, Mione Freek Fanlisting, Ad Infinitum, Broken Dollz.

Créditos
Blogger.com
, YACCS, Extreme Tracking, Hebus, Higher-than-hope.com


 

Último Dia
1.12.04 - Frika
Era a última vez que aquele velho par de tênis sujos e rabiscados pisaria no pátio da escola. Se não fosse uma pessoa apática, sua reação seria imprevisível: cambalhotas de alegria por estar vivenciando o momento que tanto aguardou nos últimos anos em que "pagou meia no cinema" ou um sentimento de nostalgia por estar abandonando o seu "segundo lar". Ao invés disso, simplesmente encarou com a mesma indiferença a funcionária da escola. Não por arrogância, mas por puro déficit de amabilidade. Como o de costume, também ignorou a grande quantidade de carne humana viva que se pôs em seu caminho até a sala de aula, e seguiu sua jornada de alguns metros e alguns degraus. Entrou na sala, dirigiu-se à última carteira do canto, à SUA carteira e repousou as nádegas sentou-se. Era a última vez que iria aquecer aquele assento de madeira, repleto de assinaturas feitas com seu sósia - o "branquinho" - além de desenhos pouco... ahn... amistosos. Olhou com indiferença as cortinas rasgadas, mas não perguntou-se se elas sentiriam saudades. A moderna decoração das carteiras, constituída por chicletes de todas as cores, certamente não fariam a menor falta à garota. Deu de ombros. O chão... Ah, o chão não era o mesmo do primário, repleto de pontas de lápis coloridas. A garota tinha uma coleção de pontas, cuidadosamente extraídas dos vãos do chão e enegrecidas pela sujeira, que guardava dentro de uma cápsula de Kinder Ovo (guardava as pontas, e não as sujeiras. digo, as sujeiras iam junto, mas não era a intenção). Porém ela não se lembrou disso, e sua expressão permaneceu impassível. O dia transcorreu naturalmente. Ignorou a algazarra dos alunos e professores, uma espécie de comemoração pelo último dia letivo. Ignorou - como sempre ignorava as aulas. Era um dia normal para ela. Pichou sua assinatura em algumas camisetas, com a indiferença de quem picha um "foda-se" bem grande e torto na porta do banheiro. Cinco horas de aula, até o soar da última sirene estridente, que gritava seu último adeus, anunciando o fim do período. A garota permaneceu impassível. Pegou seu velho caderno cheio de desenhos mal-rabiscados e poemas de palavras mal escolhidas, juntou seu material e saiu, sem dizer adeus. O último passo do velho par de tênis no pátio da escola desencadeou uma lágrima. Lágrima?! Que nada, era um cisco! Sim, um cisco, um cisco inoportuno, apenas isso... Não olhou pra trás, nem se perguntou que raio de cisco imaginário fizera brotar-lhe aquela lágrima. E foi para casa... para nunca mais voltar.

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